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Economia do Ambiente

Abordagem Pigouviana

Taxa pigouviana (imposto pigouviano) é um tributo aplicado a uma atividade de mercado que esteja gerando externalidades negativas

A taxa destina-se a corrigir uma ineficiência outcome de mercado 

Na presença de externalidades negativas, o custo social de uma atividade de mercado não é coberto pelo custo privado da atividade

Portanto, de acordo com a tese de Pigou, o Estado deve contribuir para a proteção do bem comum, estabelecendo impostos para as empresas que prejudicam o bem-estar dos cidadãos

Em 1920, o economista Britânico Arthur C. Pigou escreveu The Economics of Welfare.

Pigou argumenta que industriais buscam seu interesse privado marginal próprio

Quando o interesse social marginal diverge do interesse privado marginal, o industrial não possui incentivo para internalizar o custo marginal social

Por outro lado, Pigou argumenta, se uma indústria produz benefício marginal social, os indivíduos que recebem o benefício não possuem incentivo para pagar por este serviço

Argumentos a favor e contra os impostos de Pigou

Monopólio

Monopólio ocorre quando:

  • O bem não tem substitutos próximos;
  • Por vezes os monopólios são monopólios locais;
  • A empresa tem controlo sobre os preços: mas o preço cobrado afeta a quantidade procurada

Análise do Problema do Monopolista

Como o consumidor não tem possibilidade de comprar o bem a uma empresa alternativa, o monopolista acaba por poder fixar preços acima dos que se verificariam se o mercado fosse perfeitamente concorrencial

  • Se não houver regulação do preço, o monopolista tende a fixar preços P>Cmg, gerando ineficiência económica

Num mercado monopolista, não havendo novas empresas a entrar no mercado, o preço não desce necessariamente até ao nível dos custos marginais ou até ao nível dos custos médios:

  • Podem existir lucros económicos que advêm simplesmente do facto de não ser ameaçado pela concorrência;
  • São lucros económicos anormais, que resultam do poder de mercado do monopolista (que não é ameaçado pela concorrência).

Por exemplo, depois de escolher y* (no gráfico corresponde a y1) há uma parte da procura que fica por satisfazer:

  • O preço que estão dispostos a pagar é menor do que o praticado, mas excede o custo marginal e por isso traria lucro adicional ao monopolista
  • O monopolista poderia ganhar praticando um preço mais baixo para essa procura

Preços e Quantidades em Monopólio

Como são determinados preços e quantidades vendidas pelo monopolista?

Problema do Monopolista

Então derivando o lucro em ordem a y temos que a quantidade escolhida é caracterizada pela expressão:

Discriminação de Preços

A prática de cobrar preços diferentes pelo mesmo produto designa-se por discriminação de preços

  • Exemplos: vales de desconto, cartões frotas de bombas de combustíveis, cartão família no hipermercado, promoções, saldos, descontos de quantidade, cabazes, cartão jovem etc.
  • Para que a discriminação de preços seja eficaz, é necessário que:

A empresa seja capaz de identificar os diferentes consumidores, e de lhes cobrar preços diferentes;

Os consumidores não tenham a possibilidade de fazer arbitragem (os consumidores aos quais o produto é vendido a um preço mais baixo não o podem vender aos outros).

Discriminação de 1º grau (perfeita)

  • Com este tipo de discriminação é transacionada a mesma quantidade que em concorrência perfeita (correspondente à igualdade entre preço e custo marginal), mas o excedente do consumidor passa a ser zero.

Para o monopolista o melhor seria praticar um preço diferente para cada unidade vendida que seria igual ao máximo que o consumidor está disposto a pagar;

  • Prática difícil de operacionalizar desta forma até porque é difícil saber o máximo que cada cliente está disposto a pagar por cada unidade;
  • A discriminação de preços de 1º grau (ou perfeita) consiste na venda de cada unidade de produto ao preço máximo que o consumidor está disposto a pagar por essa unidade (o seu preço de reserva).

Neste caso a quantidade transacionada assegura eficiência económica (é igual à que se verificaria caso houvesse concorrência perfeita, com máximo dos excedentes líquidos totais, embora o consumidor fique sem excedente e o produtor fique com o excedente todo)

  • Se o monopolista conseguir identificar, com base em características exógenas, vários tipos de consumidores e segmentar (evitar arbitragem entre eles) pode ter lucro máximo cobrando a cada grupo o respetivo excedente como tarifa, e depois tem um preço por unidade vendida dada pelo Cmg
  • Num monopólio com discriminação de preços de 1º grau:
  • A curva da procura coincide com a curva da receita marginal;
  • O monopolista apropria todo o excedente do consumidor;
  • O lucro do monopolista é igual ao excedente económico total;
  • O volume de produção maximiza o excedente económico total;
  • A eficiência é máxima, mas a equidade é questionável.

Discriminação de 2º grau (perfeita)

A discriminação de preços de 2º grau consiste na venda de cada conjunto (ou lote) de unidades a um preço específico. Assim, o preço depende do número de unidades adquiridas.

  • No caso da figura, o monopolista vende Q1 unidades ao preço P1 e Q2 unidades ao preço P2.
  • O excedente do consumidor é reduzido em A (despesa adicional), que reverte a favor do monopolista.

Discriminação de 3º grau (perfeita)

A discriminação de preços de 3º grau consiste em cobrar preços diferentes a grupos diferentes de consumidores

Identificando grupos de consumidores com elasticidades preço da procura diferentes, a empresa procurará cobrar-lhes preços diferentes (preços mais elevados aos consumidores com procura menos elástica)

O caso mais frequente é o de um monopolista que vende em dois mercados separados ou 2 segmentos de consumo com procuras diferentes que consegue identificar a priori:

  • Quanto produzir?
  • Quanto vender em cada mercado?
  • Exemplos: Empresas de transportes oferecem preços mais baixos a certos tipos de clientes (jovens, reformados, etc)

O seu objetivo, como sempre, é o de maximizar o seu lucro:

As condições de primeira ordem implicam que as quantidades ótimas a vender em cada mercado sejam tais que igualam os rendimentos marginais da venda em cada mercado e o custo marginal de produção.

A igualdade entre o rendimento marginal em cada mercado e o custo marginal é uma condição de maximização do lucro, porque:

  • Isto implica que, no ponto ótimo: Rmg1(y1) = Cmg(y1+y2)
  • De forma similar, obtém-se: Rmg2(y2) = Cmg(y1+y2).

O seu objetivo, como sempre, é o de maximizar o seu lucro:

A produção e vendas são tais que a receita marginal é igualada entre os mercados e igualada aos custos marginais:

Então o mercado/segmento com maior elasticidade terá preço inferior:

Com discriminação de 3º grau, a empresa iguala o rendimento marginal nos vários mercados.

A função rendimento marginal agregado corresponde à “soma horizontal” dos rendimentos marginais de cada mercado.

  • O volume de produção ótimo é aquele para o qual o rendimento marginal agregado e o custo marginal são iguais.
  • As quantidades e preços nos vários mercados determinam-se nas respetivas funções rendimento marginal.
  • O volume de produção ótimo é aquele para o qual o rendimento marginal agregado e o custo marginal são iguais.
  • As quantidades e preços nos vários mercados determinam-se nas respetivas funções rendimento marginal.

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