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Economia dos Recursos Naturais

1. Introdução

Definição:

Recursos Naturais são elementos da natureza utilizados para satisfazer demandas / procura de energia e matéria-prima do ser humano.

Figura 1: Produtos vegetais e animais
Figura 2: Energia
Figura 3: Minerais
Figura 4: Fosseis

Esses elementos são úteis no dia a dia, fornecem matéria prima, energia e garantem o desenvolvimento da sociedade e das diversas atividades exercidas pelo homem em seu cotidiano.

Classificação dos Recursos Naturais

Os recursos naturais podem ser classificados em função da sua origem, duração das reservas e grau de obtenção.

Classificação I – Origem:

Quanto a sua origem, os recursos naturais são classificados em função a sua fonte primaria. Estão subdivido nos seguintes subgrupos:

  1. Origem Mineral: são substâncias inorgânicas extraídas da Terra e que têm utilidade como matéria prima. Não há participação do ser humano no seu processo de criação. As areias, rochas e outros minérios, como ferro e prata, são alguns dos exemplos destes recursos.
Figura 5: Carvão Mineral

2. Origem Vegetal: são os recursos como plantas, solo, flores e árvores. Estes bens são usados para muitas finalidades, como na indústria de extração de madeira, agricultura, construção, medicamentos e alimentação.

Figura 5: Madeira

3. Origem Animal: são os benefícios decorrentes da utilização dos animais para atender às diversas necessidades humanas. A principal delas, é claramente a alimentação.

Figura 6: Carne

4. Origem Energética: são todos os recursos naturais que podem ser aproveitados para obter energia. Os recursos energéticos estão divididos em dois grandes grupos: os recursos energéticos não-renováveis, que advém dos combustíveis fósseis e recursos energéticos renováveis.

Figura 7: Energia eólica

Classificação II – Duração das reservas:

A durabilidade de renovação dos recursos naturais trazem uma vertente a nível da sua classificação importantíssima. Os recursos podem divididos em: Renováveis/Não Exauríveis e Não renováveis/Exauríveis.

  1. Recursos Renováveis/Não Exauríveis: são aqueles que podem ser renovados após o seu uso pelo homem. São exemplos: água, florestas, solo.
Figura 8: Sol
Figura 9: Produtos Agrícolas

2. Recursos Não renováveis/Exauríveis: são aqueles que não se renovam em um espaço de tempo que garanta o suprimento das necessidades do ser humano, tendo assim, uma regeneração lenta. São exemplos: combustíveis fosseis, diamante etc.

Figura 10: Petróleo
Figura 11: Diamante

Classificação III – Obtenção:

Existem vários métodos para obtenção dos recursos naturais, tais métodos estão subdivido em:

  1. Extrativismo: é a atividade de extrair da natureza, de forma controlada, os recursos que estão à disposição do homem. O extrativismo consiste na coleta de plantas que nascem espontaneamente em diversos ambientes entre outros recursos;
  2. Agricultura: é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objetivo de obter alimentos, bebidas, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos, ferramentas, ou apenas para contemplação estética;
  3. Pecuária: é a atividade que envolve a criação, domesticação e abate de animais;
  4. Geração/Transformação de energia: a geração ou transformação de energia no mundo está resumida, em sua grande maioria, pelas fontes de energias tradicionais como petróleo, carvão mineral e gás natural, mas também envolve as fontes renováveis de energia.

Impactos:

  • A extração desses recursos naturais tem impacto sobre o solo, a atmosfera, vegetação, a qualidade da água, a paisagem e produz outros impactes provocados pelo ruído;
  • Pode concluir-se que a extração de recursos naturais requer uma atenção especial por afetar o desenvolvimento sustentável se não for planificado acompanhado e, monitorado porque envolve questões económicas, ambientais e socioculturais.

Classificação IV – Uso:

Uma ultima classificação dos recursos naturais esta relacionada com o uso a que se dado com os mesmos. Estão divididos em:

  1. Matéria-prima
Figura 12: Madeira

2. Energia

Figura 13: Energia solar

Abundância de Recursos Naturais em AngolaMaldição ou Bênção?

Os fracassos observados no desenvolvimento baseado nos recursos naturais têm sido explicados pela:

  1. Doença Holandesa: refere-se à relação entre a exportação de recursos naturais e o declínio do setor manufatureiro. A abundância de recursos naturais gera vantagens comparativas para o país que os possui, levando-o a se especializar na produção desses bens e a não se industrializar ou mesmo a se desindustrializar – o que, a longo prazo, inibe o processo de desenvolvimento econômico.
  2. Tese da maldição dos recursos (Paradoxo da abundância): refere-se ao paradoxo em que os países e regiões, com uma abundância de recursos naturais tendem a ter menos crescimento econômico e piores resultados de desenvolvimento se comparados a países com menos recursos naturais.
Figura 14: Esquema

Exploração produção e transformação de recursos naturais (Angola)

  • Devido a sua posição geográfica Angola tem potencialidades consideráveis em termos de recursos hídricos e biológicos.
  • Quanto a disponibilidade de águas subterrâneas, 95% alimentam diretamente os rios e apenas 5% fluem para o mar.
  • Tem ainda 47 bacias hidrográficas direcionadas para 5 vertentes principais:
    • Atlântico — 41%;
    • Zaire(Congo) — 22%;
    • Zambeze — 18%; 
    • Okavango — 12%
    • Etosha — 4%.
  • Efetivamente os recursos geológicos angolanos possuem um potencial de influência direta, reconhecido no mercado global, sobre o desenvolvimento do país, nomeadamente através da indústria mineira. Entre eles encontram-se:
    • petróleo;
    • diamantes;
    • minas de ferro;
    • fosfatos;
    • cobre;
    • feldspatos;
    • ouro;
    • bauxite;
    • urânio;
    • zinco;
    • chumbo;
    • volfrâmio;
    • manganês e estanho.