Interacção de corpos carregados. Força Eléctrica. Lei de Coulomb. Princípio de superposição.
— 1.2. Interacção de corpos carregados. Força Eléctrica. Lei de Coulomb —
Os corpos carregados interagem, ou seja, exercem forças um no outro.
A força eléctrica é uma grandeza vectorial com intensidade, direcção e sentido. A direcção coincide com a recta que une as duas cargas, e o sentido é estabelecido pelo sinal das cargas em presença.
As intersecções podem ser atração ou repulsão. As cargas eléctricas de sinais contrários atraem-se (puxam-se simultaneamente, uma em direcção a outra), e cargas eléctricas de um mesmo sinal repelem-se (empurra-se simultaneamente, uma em direcção oposta a outra). Este princípio é denominado Princípio impírico de Du Fay.
As forças eléctricas provocadas por objetos carregados foram medidas quantitativamente por Charles Coulomb a partir de uma balança de torção, da qual ele mesmo inventou.
A força de interacção electrostática entre dois corpos carregados e fixos, é diretamente proporcional ao produto de suas cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa.
O módulo da força electrostática entre as cargas é igual e é dada por:
Onde: Permissividade eléctrica do meio;
Permissividade relativa do meio;
módulo de distância entre as cargas;
Carga eléctrica;
Vectorialmente:
Ou
Onde: é o unitário do vector
.
— 1.3. Princípio de Sobreposição das forças eléctricas —
A superposição ou sobreposição de efeitos é o efeito de obtido quando um conjunto de elementos causadores do efeito se sobrepõem. É um princípio muito usado na Física, nas mais diversas áreas.
O princípio de sobreposição postula que o efeito criado por um conjunto de causas aplicado num corpo é igual á soma ou superposição dos efeitos que cada das causas iria gerar quando aplicada separadamente sobre esse mesmo corpo.
De acordo com o princípio da supersposição, a força resultante na carga será:
A forma de calcular a resultante, vai depender do número de vectores que se sobreposurem.
Exemplo 2
Consideremos o sistema de três cargas. Determinemos a expressão para a força resultante na carga Para tal, devemos representar as forças de interacção entre as cargas, sendo de atracção ou de repulsão, dependendo de as cargas terem mesmos sinais ou sinais opostos. As forças entre Neste caso, actuarão em Em módulo, sendo uma soma entre dois vectores, podemos usar a fórmula do triângulo (lei dos co-senos). Mas para tal, deveremos antes determinar os ângulos Neste caso, o cálculo da resultante pode fazer-se em uma única expressão porque apresenta a soma de apenas dois vectores. |
Para um caso em que se sobreponham mais de dois vectores, a resultante deverá ser calculada pelo método de componentes.
Exemplo 3 Consideremos o sistema de quatro cargas abaixo. Determinemos a expressão para a força resultante na carga
Para tal, devemos representar as forças de interacção entre as outras cargas com a carga Neste caso, actuarão em Devemos agora notar que pretendemos somar mais de dois vectores ( três no caso), e todos de direcção diferente. Para tal, como Neste caso, teremos: Neste caso, calcularemos as componentes do vector resultante em cada eixo: Em seguida, se poderá calcular o vector resultante: |
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1. Electrostática (Introdução). Carga Eléctrica. Electrização dos corpos.
Exemplo 1 Consideremos dois corpos condutores carregados inicialmente com cargasPara se obterem iões, pode se realizar a electrização dos corpos. A electrização são fenómenos em que electrões são transferidos de um corpo para outro devido a uma diferença na quantidade de cargas eléctricas existente os corpos, ou, pela aquisição de energia advinda do atrito entre os corpos. A electrização por atrito (ou fricção) acontece principalmente quando dois ou mais corpos isolantes são friccionados (esfregados) um contra o outro. O processo de esfregar ou friccionar os corpos fornece energia aos electrões desses materiais. Os electrões dos materiais isolantes geralmente encontram-se fortemente atraídos pelos núcleos de seus próprios átomos, por isso, precisam de uma energia extra para saltar de um corpo para outro. Durante a electrização por atrito, um dos corpos perde electrões e o outro ganha . Deste modo, ao final do processo, os dois corpos estarão com cargas de módulo igual, mas de sinais opostos. Nem todos os corpos vão se electrizar quando esfregados. Para se saber quais são os pares de materiais que, quando friccionados, ficam electrizados, é preciso conhecer sua afinidade eléctrica, uma vez que existem materiais que tendem a ganhar electrões, quanto outros tendem a perde-los. A electrização por contacto, diferentemente da electrização por atrito, necessita de pelo menos um dos corpos carregado electricamente. Por exemplo, considere um condutor carregado positivamente e outro condutor neutro. Aproxima-se o condutor positivo do condutor neutro até que ocorra o contacto entre eles. Quando isso acontece, haverá uma transferência de electrões do corpo neutro para o corpo carregado positivamente. Essa transferência irá ocorrer de maneira bem rápida até que ambos os condutores fiquem com o mesmo potencial eléctrico.e
. Ao colocarmos elas em contacto, elas trocam carga eléctrica (por serem condutoras). Em função disso, a carga de cada uma delas altera-se. Se deixarmos elas em contacto por tempo suficiente, no final a carga equilibra-se. Mas a carga total conserva-se.
Sabemos que:
. Logo:
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Economia dos Recursos Naturais
2. Fundamentos de Petróleo e Gás
HISTÓRICO:
O registo da participação do petróleo na vida do homem remota a tempos bíblicos;
Uso do petróleo:
O petróleo sempre foi usado por diversas gerações a muitos anos atrás, algumas dessas civilizações são:
- Na Babilônia, os tijolos eram assentados com asfalto;
- Fenícios usaram o betume na calafetação de embarcações;
- Os Egípcios usaram na pavimentação de estradas e embalsamar os mortos e ainda na construção de pirâmides;
- Os Gregos e os Romanos usaram para fins bélicos.
- Os incas, os maias e outras civilizações antigas também usavam o petróleo para diversos fins.
Alguns factos históricos:
Em 1859 foi iniciada a exploração comercial nos Estados Unidos, depois da descoberta do Cel. Drake na Pensilvânia;
Após a invenção dos motores a gasolina e a diesel, estes derivados até então desprezados adicionaram lucros expressivos à atividade;
A busca do petróleo levou a importantes descobertas nos Estados Unidos, Venezuela, Trinidad, Argentina, Borneu e Oriente Médio;
Até 1945 o petróleo produzido provinha dos Estados Unidos, maior produtor do mundo, seguido da Venezuela, México, Rússia, Irã e Iraque;
Com o passar dos anos foi desenvolvida grande variedade de estruturas marítimas, incluindo navios, para portar os equipamentos de perfuração. Atualmente algumas destas unidades de perfuração operam em lâminas de água maiores que 2000 metros;
Após a invenção dos motores a gasolina e a diesel, estes derivados até então desprezados adicionaram lucros expressivos à atividade;
A década de 60 registra a abundancia do petróleo disponível no mundo. O excesso de produção, aliado nos baixos preços praticados pelo mercado, estimula o consumo desenfreado;
Os anos 70 foram marcados por brutais elevações nos preços do petróleo, tornando econômicas grandes descobertas no Mar do Norte e no México;
Outras grandes descobertas ocorrem em territórios do Terceiro Mundo e dos países comunistas, enquanto que os Estados Unidos percebem que suas grandes reservas de petróleo já se encontram esgotadas;
Os anos 70 marcam também, significativos avanços na geoquímica orgânica, com consequente aumento no entendimento das áreas de geração e migração de petróleo;
Nos anos 80 e 90, os avanços tecnológicos reduzem os custos de exploração e de produção, criando um novo ciclo econômico para a indústria petrolífera.;
Com o advento da indústria petroquímica, centenas de novos compostos são produzidos, muitos deles diariamente utilizados, como plástico, borrachas sintéticas, tintas, corantes, adesivos, solventes, detergentes, explosivos, produtos farmacêuticos, cosméticos, etc;
Com isso, o petróleo, além de produzir combustível, passou a ser imprescindível às facilidades e comodidades da vida moderna.
Constituição do petróleo
Do latim petra (pedra) e oleum (óleo), o petróleo no estado líquido é uma substancia oleosa inflamável, menos densa que a água, com cheiro característico e cor variando entre negro e o castanho-claro;
O petróleo é constituído, basicamente, por uma mistura de compostos químicos orgânicos (hidrocarbonetos).
Fração | Temperatura de ebulição (ºC) | Usos |
Gás residual Gás liquefeito de petróleo – GPL | – Até 40 | gás combustível, gás combustível engarrafado, uso domestico e industrial |
Gasolina | 40 – 175 | Combustível de automóveis, solvente. |
Querosene | 175 – 235 | iluminação, combustível de aviões a jato |
Gasóleo leve | 235 – 305 | diesel, fornos |
Gasóleo pesado | 305 – 400 | combustível, matéria-prima para lubrificantes. |
Lubrificantes | 400 – 510 | óleos lubrificantes. |
Resíduo | Acima de 510 | asfalto, impermeabilizantes |
Hidrogênio | 11 – 14% |
Carbono | 83 – 87% |
Enxofre | 0,06 – 8% |
Nitrogênio | 0,11 – 1,7% |
Oxigênio | 0,1 – 2% |
Metais | até 0,3% |
RISCOS EM EXPLORAÇÃO DE PETROLEO
- Risco Geológico:
Os principais fatores e mecanismos que controlam as acumulações de petróleo são:
- Ocorrência de rocha geradora;
- Ocorrência de rocha reservatório;
- Conexão espacial entre a rocha reservatório e a rocha geradora;
- Relação de tempo adequada entre geração, maturação, estruturação e migração;
- Existência de uma trapa estrutural ou estratigráfica que permita acumulação de petróleo;
- Ocorrência de rocha selante.
A ausência completa de um deles tornará inviável a acumulação de hidrocarbonetos. A pujança de cada um determinará o porte da acumulação.
2. Riscos Econômicos e Financeiros:
- Os riscos econômicos estão associados às expectativas futuras do preço do barril do petróleo, dos custos de exploração e do tamanho dos reservatório que vão limitar a produção;
- Os riscos financeiros estão ligados à capacidade de investimentos da firma (capital exploratório), ao número de prospectos disponíveis, às ações não técnicas (políticas, sociais e ambientais) que podem embargar o processo exploratório, ao risco da probabilidade de sucesso estar errada, etc;
- Estabelece-se a partir da análise dos parâmetros que determinam a distribuição de tamanho (área e volume) das possíveis acumulações (área da estrutura, espessura, porosidade, saturação de óleo), redistribuindo os índices de sucesso em probabilidades de descobertas de vários tamanhos de campos de petróleo.
3. Risco Político:
Decorre do potencial de mudanças bruscas no país, devido a instabilidades políticas e sociais, como:
- Guerras;
- Guerras civis;
- Movimentos guerrilheiros,
- Movimentos de reivindicações populares que ameaçam o poder político.
Também se inclui nesta categoria o risco de novos governantes, mesmo que democraticamente eleitos, por razões políticas desconsiderarem os acordos feitos pelos seus antecessores, muitas vezes ao arrepio da lei.
4. Riscos na Previsão da Produção:
Uma vez que as reservas recuperáveis são estabelecidas, precisa-se estimar o ritmo em que se dará a produção, ou exploração, ou ainda, a depleção dessas reservas de óleo ou gás.
Alguns fatores importantes são:
- Número de poços;
- Percentagem de poços secos ou probabilidade de sucesso;
- Área de drenagem ou recuperação por poço;
- Índice de produtividade por poço;
- Restrições operacionais sobre taxas de produção;
- Taxas de declínio iniciais;
- Taxas de abandono ou outras condições de abandono;
- Preços de produtos.
FLUXO DE CAIXA DE UM PROJECTO DE PETRÓLEO
Etapas que compõe o fluxo de caixa:
- Fase de Exploração: gastos referentes a prospecção e perfuração de poços pioneiros;
- .Fase de Avaliação: onde é feito um estudo do reservatório para comprovar se este é ou não viável economicamente;
- Fase de Desenvolvimento: em que o reservatório é preparado para a produção do óleo;
- Fase de Produção: quando começa a entrar receita no fluxo de caixa já perto do fim da vida do reservatório são necessários investimentos em Recuperação e por último os custos de Abandono.

DECISIÇÕES ECONÔMICAS NA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
Existem duas situações distintas nas quais as decisões econômicas na indústria de petróleo podem ser tomadas:
- em ausência de risco geológico – onde são utilizados métodos empíricos ou convencionais para definir se uma reserva é ou não comercial e, consequentemente, se deve ou não ser desenvolvida;
- em presença de risco geológico – onde decisões são tomadas em regime de incerteza, com a introdução de probabilidades caracterizando os diversos eventos que podem resultar do projeto.
Decisões em Ausência de Risco Geológico
Dentre as ferramentas de suporte às decisões para projetos de petróleo em ausência de risco geológico, podemos destacar:
- Os métodos empíricos (Método do Tempo de Retorno e o Método do Lucro Não Descontado, nos quais as taxas de juros são ignoradas e trabalha-se apenas com indicadores) e;
- Os métodos convencionais (Método do Valor Presente Líquido e Método da Taxa Interna de Retorno).
- Método do Tempo de Retorno
Este método não considera nenhuma taxa de juros, sendo uma técnica de análise de fluxo de caixa não descontado.
Trata-se de determinar o tempo necessário à recuperação do dinheiro investido, através da simples inspeção do ano em que o fluxo de caixa acumulado torna-se positivo e utilizando as ferramentas de interpolação. No exemplo da seção anterior temos o seguinte fluxo de caixa acumulado.

O desejado é que o projeto se pague o mais breve possível. Desta maneira, quanto menor for o pay-out time, melhor será o projeto.
2. Método do Lucro Não Descontado
O lucro não descontado é a diferença entre a totalidade das receitas líquidas e a totalidade dos investimentos, sem considerar nenhuma taxa de juros e, portanto, coincide com o fluxo de caixa acumulado do projeto final (U$ 26.562.000, no exemplo em questão). Este método ainda se apoia na utilização de indicadores como o ROI (Return on Investiment) para suportar decisões de investimento. Tal indicador pode ser determinado pela seguinte razão:

3. Método do Valor Presente Líquido
O Valor Presente Líquido também pode ser calculado pela fórmula abaixo, descontando todos os fluxos futuros, receitas ou gastos, a taxa mínima de atratividade i, trazendo todas essa movimentação para o instante zero. A variável C corresponde ao valor do investimento realizado no ano zero.

Vale ressaltar a importância do valor do dinheiro no tempo, por isso a importância de trazer os valores futuros a valor presente, a fim de se obter coerência na comparação monetária principalmente do fracasso exploratório, que representa um prejuízo no curto-prazo, enquanto que os resultados de um sucesso exploratório só serão percebidos no longo-prazo, de acordo com o fluxo de caixa típico das atividades de exploração e produção de petróleo.
4. Método da Taxa Interna de Retorno (TIR)
Trata-se de encontrar a taxa de juros que, quando utilizada para descontar o fluxo de caixa do projeto, anula o valor presente líquido do mesmo. No exemplo a que estamos nos referenciando a TIR é aproximadamente 18%, obtida através da função TIR do aplicativo Excel.

Exemplo:
Considerando-se que o fluxo de caixa é composto apenas de uma saída no período 0 de USD 10.000,00 e uma entrada no período 1 de USD 12.000,00, onde i corresponde à taxa de juros:

Algarismos Significativos, Ordem de Grandeza e introdução aos vectores
1.4. Algarismos Significativos e Ordem de Grandeza
Quando medimos ou calculamos um determinado valor, o resultado obtido em geral pode ser um número racional com muitas casas decimais ou mesmo um número irracional (com infinitas casas decimais). Porém, estes números em ciência são, portanto conhecidos apenas dentro de um certo grau de incerteza experimental. Ou seja, não temos certeza de todos os algarismo que aparecem neste número.
Chama-se algarismo significativo um algarismo confiável conhecido.
Os resultados finais dos cálculos são frequentemente arredondados para se obter o mesmo número de algarismos significativos que o dado com menor número de algarismos significativos. Entretanto, algumas vezes um algarismo significativo a mais é mantido.
Quando o primeiro dígito à direita as ser descartado é maior ou igual a 5, o último dígito mantido é acrescido de uma unidade, caso contrário, ele permanece assim. Este processo é denominado arredondamento.
Por exemplo, arredondando para três algarismos significativos fica é igual a
, enquanto que,
é igual a
.
O número tem três algarismos significativos; e
tem quatro. Atenção que os algarismos significativos são contados a partir do primeiro não nulo, e inclui todos, incluindo o zero. Assim, o número
tem três algarismos significativos(os primeiros zeros não são algarismos significativos, mas apenas marcadores para localizar a vírgula decimal).
O número tem cinco algarismos significativos (o número de algarismos significativos em números com uma sucessão de zeros à direita e sem vírgula decimal é ambíguo ou seja, pode causar várias interpretações).
OBS: Não confundir algarismos significativos com casas decimais. Considere os comprimentos ;
e
, todos têm três algarismo significativo mais possuem uma,duas e cinco casas decimais respectivamente.
Para determinar o número apropriado de algarismo significativos em cálculos envolvendo multiplicação e divisão, usamos as regras descritas a seguir.
Quando multiplicamos ou dividimos quantidades, o número de algarismos significativos da resposta final não deve ser maior que aquele da quantidade com o menor número de algarismos significativos.
Exemplo 6
(nº de algarismos é igual á 3)
Exemplo 7
Quando adicionarmos ou subtrairmos quantidades o número de casas decimais da resposta deve coincidir com o do termo com o menor número de casas decimais.
Ex:
1.4.1 Notação Científica
Quando trabalhamos com números grandes ou muito pequenos, podemos mostrar os algarismos significativos mais facilmente utilizando a notação científica.
Nesta notação,o número é escrito como o produto de um número decimal (cuja a parte inteira possui um algarismo diferente de zero) e uma potência de base 10 como ou
.
Há uma regra simples para mover a virgula num número decimal: Quando se move a virgula para a direita, o expoente da potência de base 10 aumenta 1 unidade em cada casa de avanço e quando movemos para a esquerda, reduz-se em 1 unidade por cada casa.
Exemplo 8 Escrever os números em notação científica:
1.4.2 Ordem de Grandeza
A ordem de grandeza de um número é o expoente da potência de base 10 que aparece quando o número é expresso em notação científica. Assim, por exemplo se e
, a ordem de grandeza de A e B é 4. Frequentemente, engenheiro e cientistas estimam resultado de um cálculo a ordem de grandeza mais próxima.
É comum fazer esse tipo de estimativa quando os dados necessários para executar um certo calculo não são conhecidos com precisão.
1.5. Escalares e vectores
Várias grandezas em física tais como comprimento, massa e tempo requerem, para sua especificação um simples número real (além das unidades de medidas de que já falou-se antes).
Tais grandezas denominam-se grandezas escalares e o número real é chamado de magnitude. Um escalar é representado analiticamente por uma letra simples, tal como t, m, f, v, etc.
Porém, existem algumas grandezas físicas tal como deslocamento, força, velocidade, etc., que requerem, para sua especificação e compreensão uma direcção e um sentido, além do número real(magnitude). Tais grandezas, chamam-se grandezas vectoriais.
Um vector (ou vetor) é um segmento de recta orientado, que possui uma origem num ponto A e uma extremidade num outro ponto B. Geralmente um vector é representado por uma letra em uma recta por cima: . Algumas bibliografias de matemática e de física representam também os vectores por letras simples (sem a seta por cima, mas negritadas ( ex: a).
A magnitude do vector é, então, representado por .
Um vector consiste de três elementos principais, que, dependo do tipo de análise podem ser:
- Modulo (valor numérico), Direcção e sentido (Definidas por um ângulo).
- Componentes nos eixos adequados ao sistema de coordenadas usados (usualmente representadas como projecções nos vectores unitários
,
e
).
Exemplo 9
.
- Vector A com direcção horizontal, modulo igual a
e sentido da esquerda para a direita (ATT: poder-se-ia resumir a direcção e o sentido escolhendo um eixo horizontal para a direita e definindo o ângulo de 0º para a direcção e sentido, em simultâneo).
- Vector a com direcção obliqua (impossível de definir exactamente, por não sabermos o ângulo), modulo igual a
(não sabemos a unidade, pois não foi definida: neste caso podemos usar apenas
ou
), e sentido da esquerda para a direita (também seria aceite de baixo para cima).
1.5.1 Generalidades sobre Vectores
- Vector unitário: é todo vector cujo módulo é igual a unidade.
Se, Logo
é um vector unitário.
Nem todo vector é unitário, mas é possível transformarmos um vector qualquer em um vector unitário, aplicado o unitário de um vector.
- Vector Nulo: é todo vector em que origem e a extremidade coincidem, reduzindo-se assim num ponto.\
Normalmente é representado por.
- Vector Livre: é todo vector que se encontra no espaço, não importando onde esteja fixado a sua origem. Em termos gerais, chama-se vector livre ao conjunto de todos os vectores de um plano ou do espaço que têm em comum a direcção, o sentido e o magnitude .
Um vector livre pode ser projectado em um ou mais eixos.Exemplo 10 .
- Vector a e sua projecção no eixo
.
Neste caso a sua projecção no eixo é:
- Vector a e sua projecções nos eixos
e
.
- Vector b e suas projecções nos eixos
,
e
- Dois vectores são iguais se e somente se eles tiverem a mesma magnitude, direcção e sentido.
- Vector a e sua projecção no eixo
- Vector deslizante é aquele em que conhecemos além da sua direcção, do seu módulo e do seu sentido, também a recta suporte, sobre a qual ele pode deslizar.
Ainda há a clássica regra de “3 simples”, conhecida pela maioria.
OBS: Como qualquer trabalho, esta publicação pode estar sujeita a erros de digitação, falta de clareza na imagem ou alguma insuficiência na explicação. Neste sentido, solicitamos aos nossos leitores o seguinte:
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Economia dos Recursos Naturais
1. Introdução
Definição:
Recursos Naturais são elementos da natureza utilizados para satisfazer demandas / procura de energia e matéria-prima do ser humano.




Esses elementos são úteis no dia a dia, fornecem matéria prima, energia e garantem o desenvolvimento da sociedade e das diversas atividades exercidas pelo homem em seu cotidiano.
Classificação dos Recursos Naturais
Os recursos naturais podem ser classificados em função da sua origem, duração das reservas e grau de obtenção.
Classificação I – Origem:
Quanto a sua origem, os recursos naturais são classificados em função a sua fonte primaria. Estão subdivido nos seguintes subgrupos:
- Origem Mineral: são substâncias inorgânicas extraídas da Terra e que têm utilidade como matéria prima. Não há participação do ser humano no seu processo de criação. As areias, rochas e outros minérios, como ferro e prata, são alguns dos exemplos destes recursos.

2. Origem Vegetal: são os recursos como plantas, solo, flores e árvores. Estes bens são usados para muitas finalidades, como na indústria de extração de madeira, agricultura, construção, medicamentos e alimentação.

3. Origem Animal: são os benefícios decorrentes da utilização dos animais para atender às diversas necessidades humanas. A principal delas, é claramente a alimentação.

4. Origem Energética: são todos os recursos naturais que podem ser aproveitados para obter energia. Os recursos energéticos estão divididos em dois grandes grupos: os recursos energéticos não-renováveis, que advém dos combustíveis fósseis e recursos energéticos renováveis.

Classificação II – Duração das reservas:
A durabilidade de renovação dos recursos naturais trazem uma vertente a nível da sua classificação importantíssima. Os recursos podem divididos em: Renováveis/Não Exauríveis e Não renováveis/Exauríveis.
- Recursos Renováveis/Não Exauríveis: são aqueles que podem ser renovados após o seu uso pelo homem. São exemplos: água, florestas, solo.


2. Recursos Não renováveis/Exauríveis: são aqueles que não se renovam em um espaço de tempo que garanta o suprimento das necessidades do ser humano, tendo assim, uma regeneração lenta. São exemplos: combustíveis fosseis, diamante etc.


Classificação III – Obtenção:
Existem vários métodos para obtenção dos recursos naturais, tais métodos estão subdivido em:
- Extrativismo: é a atividade de extrair da natureza, de forma controlada, os recursos que estão à disposição do homem. O extrativismo consiste na coleta de plantas que nascem espontaneamente em diversos ambientes entre outros recursos;
- Agricultura: é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objetivo de obter alimentos, bebidas, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos, ferramentas, ou apenas para contemplação estética;
- Pecuária: é a atividade que envolve a criação, domesticação e abate de animais;
- Geração/Transformação de energia: a geração ou transformação de energia no mundo está resumida, em sua grande maioria, pelas fontes de energias tradicionais como petróleo, carvão mineral e gás natural, mas também envolve as fontes renováveis de energia.
Impactos:
- A extração desses recursos naturais tem impacto sobre o solo, a atmosfera, vegetação, a qualidade da água, a paisagem e produz outros impactes provocados pelo ruído;
- Pode concluir-se que a extração de recursos naturais requer uma atenção especial por afetar o desenvolvimento sustentável se não for planificado acompanhado e, monitorado porque envolve questões económicas, ambientais e socioculturais.
Classificação IV – Uso:
Uma ultima classificação dos recursos naturais esta relacionada com o uso a que se dado com os mesmos. Estão divididos em:
- Matéria-prima

2. Energia

Abundância de Recursos Naturais em Angola – Maldição ou Bênção?
Os fracassos observados no desenvolvimento baseado nos recursos naturais têm sido explicados pela:
- Doença Holandesa: refere-se à relação entre a exportação de recursos naturais e o declínio do setor manufatureiro. A abundância de recursos naturais gera vantagens comparativas para o país que os possui, levando-o a se especializar na produção desses bens e a não se industrializar ou mesmo a se desindustrializar – o que, a longo prazo, inibe o processo de desenvolvimento econômico.
- Tese da maldição dos recursos (Paradoxo da abundância): refere-se ao paradoxo em que os países e regiões, com uma abundância de recursos naturais tendem a ter menos crescimento econômico e piores resultados de desenvolvimento se comparados a países com menos recursos naturais.

Exploração produção e transformação de recursos naturais (Angola)
- Devido a sua posição geográfica Angola tem potencialidades consideráveis em termos de recursos hídricos e biológicos.
- Quanto a disponibilidade de águas subterrâneas, 95% alimentam diretamente os rios e apenas 5% fluem para o mar.
- Tem ainda 47 bacias hidrográficas direcionadas para 5 vertentes principais:
- Atlântico — 41%;
- Zaire(Congo) — 22%;
- Zambeze — 18%;
- Okavango — 12%
- Etosha — 4%.
- Efetivamente os recursos geológicos angolanos possuem um potencial de influência direta, reconhecido no mercado global, sobre o desenvolvimento do país, nomeadamente através da indústria mineira. Entre eles encontram-se:
- petróleo;
- diamantes;
- minas de ferro;
- fosfatos;
- cobre;
- feldspatos;
- ouro;
- bauxite;
- urânio;
- zinco;
- chumbo;
- volfrâmio;
- manganês e estanho.