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1.3. Exercícios sobre Polarização da Luz (Parte 1)
— 1.3. Exercícios sobre Polarização da Luz —
Exercício 7 Duas películas polarizadas tem seus eixos de transmissão cruzados de tal forma que nenhuma luz é transmitida. Uma terceira película inserida entre elas com seu eixo de transmissão fazendo um ângulo de NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. |
Resolução 7 .
Neste problema, analisamos a passagem da luz em filtros polarizadores. Esta passagem obedece a lei de Malus. A luz passa por um polarizador, e em por outros dois polarizadores (chamamos Dados Utilizamos a lei de Malus e os conhecimentos de geometria, podemos determinar a fracção da Luz transmitida pelo sistema. O polarizado Então, a intensidade após o primeiro polarizador será: A intensidade da Luz depois do polarizador Conforme vimos pelo gráfico, o ângulo entre Neste caso, a intensidade após o segundo polarizador será: Obs: Não se usou o modulo pois a função cosseno é par. Por fim a intensidade da Luz depois do terceiro polarizador e que Por conseguinte será a intensidade da Luz transmitida pelo sistema, também é determinado pela Lei Malus. De acordo com a figura, ângulo formado entre Deste modo, a intensidade após o terceiro polarizador será: Neste caso, a passagem de luz pelo sistema é definida pelas seguintes equações: Substituindo as equações 1 na equação 2 e sem seguida substituindo a equação 2 na equação 3, obtemos: Então, passando A fracção da intensidade da Luz transmitida pelo sistema é de |
Exercício 8 Um feixe de luz não polarizada incide sobre duas placas polarizadas super expostas. Qual deverá ser ângulo entre os eixos dos polarizadores para que intensidade do feixe transmitido seja um terço da intensidade do feixe incidente?
NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. |
Resolução 8
O problema tem a ver com o fenómeno de polarização da Luz. A luz passa por duas placas polarizadas, que formam um certo ângulo. A condição de calculo é que intensidade da luz após passar as placas seja um terço da intensidade da luz antes de passar as placas. Neste caso, é-nos dada uma relação de forma indirecta: a razão entre a intensidade da luz depois dos polarizadores e a intensidade inicial. Dados Considerarmos De acordo com o funcionamento dos filtros polarizadores ideais, quando a luz natural incide nele, é transmitida apenas Pela lei de Malus sabe-se que : Substituindo Passando o Então: Nota: Antes da raiz, deveria ter sinal Insolando O ângulo entre as direcções de polarização das Placas para que a intensidade do feixe transmitido seja um terço do feixe incidido, deve ser de |
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2.1. Exercícios sobre Reflexão da Luz e Espelhos Planos (Parte 2)
Exercício 11 Três espelhos interceptam-se em ângulos rectos.Um feixe de luz atinge o primeiro deles com um ângulo .NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. . |
Resolução 11 .
Redesenhando a figura. Na figura o ponto de intersecção entre o raio incidente e o primeiro espelho espelho chamamos de O raio que se reflecte deste ponto vai incidir no outro ponto do segundo espelho, que chamamos de Raio reflectido do ponto O raio reflectido do ponto O ângulo de incidência e reflexão no ponto O ângulo de incidência e reflexão no ponto O complementar de Marcamos ainda os .s é eficaz conforme indicado na figura. Da figura, no ponto B, analisando entre o espelho e a sua normal, temos: pelo triângulo BHC, pelo teorema da soma dos ângulos internos, temos temos : Subtraindo ambas equações dos passos anteriores, obtemos : Pelo teorema de ângulos internos no triângulo CDG, temos : Pelo teorema de ângulos internos no triângulo ADF, temos : Subtraindo esta última pela equação do passo anterior, obtemos : Como No quadrilátero Substituindo |
Exercício 12 Um feixe de luz emitido por um laser,incide sobre a superfície da água de um aquário,como representado nesta figura :
O fundo desse aquário é espelhado ,a profundidade da agua é de 40 cm e o ângulo de incidência do feixe de luz é de NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. . |
Resolução 12 .
Dados . No problema, a luz incide a partir do ar para a água. Toca na água no ponto A e refracta-se na água. É reflectida no ponto B(no espelho que está no fundo) e retorna à superfície de separação água-ar. No ponto C, faz refracção novamente para o Ar. Para acharmos a distância AC devemos calcular o ângulo que o feixe de luz faz com a normal na água (usando a lei de Snell-Descartes), e combinando estes valores com a profundidade, no triângulo ABC. . Redesenhando a figura,temos : Pela lei de Snell, no ponto A, podemos determinar o ângulo de refração. Temos : Isolando o seno, no membro esquerdo, temos: Se considerarmos o ponto médio do segmento Substituindo valores, obtemos: . |
Exercício 13 Um rapaz em repouso na rua,vê sua imagem reflectida por um espelho plano preso verticalmente na traseira de um autocarro que se afasta com a velocidade escalar constante de NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. . |
Resolução 13 Neste problema temos de analisar não só a velocidade com o espelho se afasta do rapaz, mas também a velocidade com que a sua imagem (que o espelho produz) se afasta dele.
O melhor raciocínio mais simplificado, consiste em estabelecer o espelho como referencial de analise e depois achar a velocidade relativa. A medida que o autocarro se move para a direita, automaticamente o espelho também se move para a direita. como o movimento é relativo, podemos considerar que o autocarro e o espelho estão em repouso e o rapaz ( Se o rapaz, que é o nosso objecto óptico( Vamos estabelecer as equações do movimento no 1ª referencial (com origem no espelho) e depois amos fazer a transformação de Galileu par o 2º Referencial (com origem no rapaz). Veja a figura. Pela lei da reflexão, em qualquer momento: Portanto : Então , neste referencial (Referencial 1), temos: . Se estabelecermos um novo referencial (no rapaz), então este referencial 1 (com origem no espelho) está em movimento em relação ao novo referencial 2 (com origem no rapaz), com velocidade v. A transformação de galileu diz que: Então para o rapaz( que no referencial 1 estava em movimento regressivo com velocidade v) teremos: Neste novo referencial, o rapaz está repouso. . Para o espelho/autocarro( que no referencial 1 estava em repouso na origem) teremos: Neste novo referencial, o espelho/autocarro estão em movimento com velocidade v (conforme enunciado). Para a imagem (que no referencial 1 estava em movimento progressivo com velocidade v) teremos: Neste novo referencial,imagem está em movimento com velocidade 2v . Neste caso, a velocidade da imagem é: |
Exercício 14 Um nativo de uma aldeia pesca em uma lagoa de água transparente. Para isso usa uma lança. Ao observar um peixe, ele atira a sua lança na direcção em que o observa. O jovem está fora da água e o peixe está em 1 m abaixo da superfície. O peixe está a uma distancia horizontal de a)O ângulo b)O ângulo c)A profundidade aparente y,da superfície da água em que o nativo vê o peixe. NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. . |
Resolução 14
Dados Neste problema, temos analise baseadas na refracção da luz. O Peixe está no Ponto O nativo, na beira do rio, vê como se o peixe estivesse no ponto D (que é a imagem virtual do ponto C) formada pela refracção da luz na superfície. O ponto A é o ponto onde ocorre a refracção. O ângulo
|
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2.1. Exercícios sobre Reflexão da Luz e Espelhos Planos (Parte 1)
— 2. Exercícios sobre Geométrica —
— 2.1. Exercícios sobre Reflexão da Luz e Espelhos Planos —
Exercício 7 Supondo que o objecto B,no instante inicial está em movimento com a velocidade de NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. . |
Resolução 7 .
O problema a seguir trata de um problema de Campo de Visão. Pretendemos determinar após quanto tempo o corpo B é visível ao observador do ponto A, pelo espelho na parede. . Considerando as dimensões indicadas pelos quadriculados, e a posição do ponto A, podemos traçar os raios luminosos que partem do ponto A e se reflectem no espelho. Os raios que vão definir o campo de visão serão os raios que incidem nas extremidades do espelho. No caso os raios (1) e (2). Traçamos os seus raios reflectidos pelo espelho, obedecendo a lei da reflexão, de modos que formem os mesmos ângulos. Neste caso, traçamos os raios (1′) e (2′) respeitando a simetria do problema. Veja a figura a seguir: . Neste caso, o campo de visão do observador A é a região compreendida entre os raios (1′) e (2′). . O Corpo B será visível pelo observador A no momento em que entra no campo de visão de A. Considerando que o corpo B se move e direcção horizontal, ele entrará no campo de visão de A, quando atingir o ponto P, que é o ponto de intercessão entre a linha da sua trajectória e o raio reflectido (1′). Para calcularmos o tempo, devemos achar primeiramente a distancia percorrida por ele (corpo B) até chegar ao ponto P. No gráfico, podemos observar que esta distancia igual a 2 metros. Então: Então, como estamos a avaliar o movimento como um todo, usamos as equações do MRU. Logo: |
Exercício 8 Dois espelhos planos estão dispostos de modo a formar um ângulo de NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. |
Resolução 8
Em primeiro lugar, devemos devemos dar nome aos pontos de referência:
Queremos determinar Podemos determinar O raio 1 forma um ângulo de A soma destes três ângulos No triângulo ABC, Como Tendo já conhecido os valores de |
Exercício 9
Considere a figura baixo em que um ponto A está situado em frente de um espelho plano. Qual é a distância entre a imagem do ponto A e o ponto B, na figura, considerando as dimensões da escala indicada? NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. |
Resolução 9
E primeiro lugar, devemos localizar a imagem de A. Para esboçar a imagem, seguimos o seguinte raciocínio:
. A distância entre a imagem de A (A’) e o ponto B é o segmento: Considerando a escala em quadriculado, podemos considerar o triângulo rectângulo (A’BP). Neste caso, Então: |
Exercício 10 A distância entre A e o espelho plano NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. |
Resolução 10
Em primeiro lugar devemos encontrar as imagens formadas pelos espelhos Sabemos que, nos espelhos planos, a imagem é formada no lado oposto ao espelho, na direcção da perpendicular ao espelho que passa pelo objecto em causa (A) e fica situada a uma distância igual a distância entre objecto e o espelho. Usando isso, podemos encontrar uma imagem do objecto a ser formado pelo espelho O ponto de intersecção entre a linha que sai do objecto até a imagem B (Segmento O ponto de intersecção entre a linha que sai do objecto até a imagem C (Segmento Então pela formação de imagens em espelhos planos sabemos que A distância que deseja determinar corresponde ao segmento Consideremos As imagens são formadas pela prolongação dos raios incididos perpendicularmente aos espelhos. Neste caso o ângulo entre cada espelho e o seu respectivo raio incidido é igual à Por se tratar de espelhos planos, a distância entre cada imagem e o espelho que forma esta imagem é igual à distância entre o objecto e o respectivo espelho. Então: Podemos determinar Mas precisamos antes determinar Sabendo que Assim, já podemos calcular o valor da distância entre as imagens formadas pelos dois espelhos: Então: |
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1.1. Exercícios sobre Equações Ondas Electromagnéticas e Propagação (Parte 2)
— 1. Exercícios sobre Natureza da Luz e Propagação de Ondas Electromagnéticas —
— 1.1. Exercícios sobre Equações Ondas Electromagnéticas e Propagação —
Exercício 4 Dois trens de pulso de certa radiação electromagnética são criados simultaneamente, propagam-se paralelamente e atravessam o sistema composto por materiais transparentes com comprimento de
NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular.
|
Resolução 4
|
Exercício 5 Na figura a seguir, dois pulsos electromagnéticos são criados em simultâneo, propagam-se paralelamente e atravessam o sistema composto por materiais transparentes com índice de refração NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. . |
Resolução 5 \vspace{0,3cm}
Para não termos de calcular o tempo em cada porção, podemos usar o conceito de caminho óptico. Neste conceito, em vez de se considerar que o índice de refração afecta a velocidade, ele será visto como afectando apenas o percurso. Pelo que, podemos considerar que a luz sempre se propaga com a mesma velocidade Para o pulso 1: Neste caso, o tempo será obtido a seguir: Para o pulso 2: Neste caso, o tempo deste pulso será obtido a seguir: Como a seguir a este trecho, o material é comum aos dois pulsos, então esta diferença mantém-se até o final. Neste caso, diferença de tempos é: Como |
— 1.2. Exercícios sobre Energia e Potência da Radiação —
Exercício 6 Uma onda electromagnética de frente plana de intensidade de Determine a força que a onda exerce sobre esta superfície.NÍVEL DE DIFICULDADE: Elementar. |
Resolução 6 .
Quando uma OEM incide sobre uma superfície totalmente reflectora como o espelho, sua pressão de radiação será: Por definição, a pressão é a força por unidade de área: Então: Substituindo: |
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1.1. Exercícios sobre Equações Ondas Electromagnéticas e Propagação
— 1. Exercícios sobre Natureza da Luz e Propagação de Ondas Electromagnéticas —
— 1.1. Exercícios sobre Equações Ondas Electromagnéticas e Propagação —
Exercício 1 Uma onda electromagnética com frequência de 65 Hz desloca-se em um material magnético isolante que possui constante dieléctrica relativa é igual à 3,64 e a permeabilidade magnética relativa é igual à 5,18 nessa frequência. o campo eléctrico possui amplitude de
|
Resolução 1
Dados
A relação entre estas e as constantes magnéticas e eléctricas relativa é a seguinte:
Então a velocidade de propagação da onda será:
Sabe-se que: Logo:
|
Exercício 2 A potência irradiada pela antena de uma estação radiofónica é de 4 kW. A 4 km do transmissor foi colocada uma antena de recepção de 65 cm de comprimento. Qual é o valor de pico da f.e.m induzida por esse sinal entre as extremidades da antena receptora.
NÍVEL DE DIFICULDADE: Regular. |
Resolução 2
Dados
O módulo ou amplitude da f.e.m é:
Precisamos antes determinar a amplitude do campo eléctrico Como Isolando A intensidade da OEM é :
Substituindo esta formula na equação 1, temos:
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Exercício 3 Um condutor de resistência de 150
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Resolução 3
Dados .
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Entenda matematicamente a imagem do espelho. Espelhos planos.
— 2.7.6. Espelhos planos —
O espelho plano é uma superfície lisa e plana, bem polida, que reflete especularmente a luz (reflexão regular). Por exemplo, uma placa de vidro plana relativamente fina, cuja face traseira é prateada ou uma placa metálica niquelada são exemplos de um espelho plano. A visão humana ocorre devido aos raios de luz que chegam aos nossos olhos. Dependendo de como esses raios chegam, podem nos transmitir sensações diferentes sobre a forma dos objectos e a distância a que eles se encontram. Sensações sim, porque, por vezes pode não ser a realidade.
Vejamos o exemplo da figura 30. Quando um observador está situado em frente de um espelho, ele observa parte dos raios de luz reflectidos pelo espelho. Este feixe parece ter sido emitido do ponto , isto é, tudo se passa como se no ponto
existisse um objecto emitindo aquele feixe. É por isso que o observador tem a sensação que o objecto (que na realidade está situado no ponto
) está no ponto
. O ponto
é chamado de imagem do objecto
.
A imagem está situada atrás do espelho, no ponto de encontro dos prolongamentos dos raios reflectidos.
A nível de Óptica Geométrica, definimos como ponto objecto como sendo o ponto de intersecção dos raios incidentes (ou, no caso em que estes não chegam a interceptar-se, o ponto de intersecção dos prolongamentos dos raios incidentes).
O ponto imagem é o ponto de intersecção dos raios emergentes (refletidos ou refratados do sistema óptico), ou, no caso em que estes não se interceptem, o ponto de intersecção dos prolongamentos dos raios emergentes. Consideramos, raios emergentes, aos raios que emergem (ou saem) do sistema.
Figura 30: Imagem de um espelho plano.[7]
Para se determinar a posição da imagem de um pequeno objecto pontual A, colocado em frente de um espelho plano, temos apenas de traçar raios luminosos que partem do objecto e se reflectem no espelho. Atenção á lei da reflexão. Pelo menos dois raios. Isto foi feito na figura 2 onde foram traçados os raios incidentes e
e os raios refletidos
e
. A imagem seria o ponto de intersecção de
e
, mas como podemos ver na figura, eles são divergentes. A posições da imagem ,
, é encontrada prolongando-se os raios reflectidos
e
.
Quando o objecto (ou a imagem) é formado pela intercessão dos raios incidentes (ou emergentes), então é chamado de objecto (ou imagem) real. Quando os raios incidentes (ou emergentes) são divergentes, então o objecto (ou a imagem) será formado pela intercessão dos prolongamentos dos raios incidentes (ou emergentes), então será chamado de objecto (ou imagem) virtual.
O conceito de imagem real e virtual pode parecer abstrato, mas na realidade não. É um conceito muito prático e útil no dia -a-dia. Suponhamos que vamos usar um espelho para projectar uma imagem sobre um filme fotográfico a fim de ser revelada esta imagem. Neste caso, devemos colocar o filme no ponto onde se formará a imagem. Se nesse ponto se formar uma imagem real, após a revelação do filme, teremos a imagem do objecto estampada no filme. Mas se este ponto onde foi colocado o filme é um ponto onde se forma uma imagem virtual, ao revelarmos o filme não aparecerá nada além de ruídos… Porquê? Na imagem virtual, a luz nem chegara efectivamente naquele ponto. A luz é desviada antes de chegar naquele ponto, portanto, não chega a interagir com o filme fotográfico. Esse conceito é muito útil em projecções.
A imagem formada por um espelho plano está sempre situada a uma distância (em relação ao espelho) igual á distância entre o objecto e o espelho. Isso pode ser facilmente demonstrado pela figura 31.
Figura 31: Relação entre distâncias no espelho. [7] Adaptado
O objecto é e a sua imagem é
. O raio incidente é
e o refletido é
. A distancia entre o objecto e o espelho é
e a distância entre a imagem e o espelho é
. Podemos notar que o objecto e a imagem estão sob uma mesma linha perpendicularmente ao espelho. A lei da reflexão impõe que
, e o teorema de ângulos opostos pelo vértice impõe que
. Logo, os triângulos
e
são congruentes. Como o cateto adjacente, em relação ao vértice I são iguais, isto implica que todos os ângulos equivalentes dos dois triângulos sejam iguais, logo, todos os lados também o são. Sendo assim,
.
Se enviarmos um feixe luminoso convergente sobre um espelho plano, mas de modos que o ponto de convergência fique por detrás do espelho, criamos um objecto virtual no ponto . Neste caso, o feixe luminoso reflectido convergirá no ponto
que fica em frente do espelho a uma mesma distância do objecto ao espelho. Este ponto luminoso
pode ser recebido numa tela e é chamado imagem real do objecto virtual
(ver figura 32).
Figura 32: Objecto virtual – imagem real.[7] Adaptado
Imaginemos agora um objecto que não possa ser reduzido a um ponto, ou seja, um objecto extenso. Um objeto extenso pode ser considerado como um conjunto de pontos. A sua imagem será determinada determinando a imagem de cada um dos ponto que o constituem e ligando assim estes pontos imagem.
Figura 33: Imagem de um objecto extenso. [4]
A imagem de espelhos planos sempre é invertida, de mesmo tamanho e de natureza oposta ao objecto, ou seja, se o objecto é virtual então a imagem é real e vice-versa.
A imagem é invertida em que sentido? Quando estás em frente ao espelho a tua orelha direita fica ao teu lado esquerdo e a tua orelha esquerda fica do teu lado direito. Outra forma simples de verificar que a imagem de um espelho plano é invertida é colocarmos uma t-shirt com algum texto escrito na parte de frente e posicionarmos em frente a um espelho. Como aparece o texto na imagem?
— Referências Bibliográficas —
[1] Lilia Coronato Courrol & André de Oliveira Preto. APOSTILA TEÓRICA: ÓPTICA TÉCNICA I, FATEC-SP , [s.d.].
[2] Jaime Frejlich. ÓPTICA: TRANSFORMAÇÃO DE FOURIER E PROCESSAMENTO DE IMAGENS, Universidade Federal de Campinas – SP, [2010].
[3] Sérgio C. Zilio. ÓPTICA MODERNA: FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES, [2010].
[4] Renan Schetino de Souza. ÓPTICA GEOMÉTRICA, [2012].
[5] Hugh D. Young & Roger Freedman. FÍSICA IV: ÓPTICA E FÍSICA MODERNA, [2009].
[6]Hugh D. Young & Roger Freedman. FÍSICA III: ELECTROMAGNETISMO, [2009].
[7] Julião de Sousa Leal. TRABALHO DE FIM DE CURSO: MANUAL DE ÓPTICA, FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO [s.d.].