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Economia dos Recursos Naturais

Energia não renováveis

Conceito de Energias não renováveis

A energia não renovável (ou energia suja) são aquelas produzidas a partir de fontes de energia que se esgotam na natureza e, portanto, causam diversos impactos ambientais

Essa energia de origem orgânica (de origem vegetal ou animal) é limitada e demora milhões de anos para se formarem na natureza

Ainda que apresentam grandes quantidades, se esgotadas não podem ser regeneradas facilmente, uma vez que suas reservas são finitas

Os principais exemplos de fontes de energias não renováveis são os combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral, gás natural e xisto betuminoso) e os combustíveis nucleares

Figura 1: Petróleo
Figura 2: Carvão mineral
Figura 3: Gás natural
Figura 4: Xisto betuminoso

Consumo global de energias não renováveis

O consumo de energia primária cresceu 1,3% em 2020, menos da metade da taxa de 2018 (2,8%)

Cumulativamente, os combustíveis fósseis, ainda representam 84% do consumo de energia primária em todo mundo

A China foi responsável por 3/4 do crescimento do consumo global de energia, seguido da Índia e Indonésia. Os EUA e a Alemanha registraram os maiores declínios

O consumo de gás natural aumentou 2% em 2019, enquanto que a participação do gás natural no consumo de energia primária subiu para um recorde de 24,2%.

A produção de gás natural atingiu um novo recorde, com a produção dos EUA respondendo por quase 2/3 desse aumento. Fonte: Petroangola

Figura 5: Consumo global de combustíveis fosseis
Figura 6: Consumo global de energia com fontes primarias
Figura 7: Consumo de combustíveis fosseis

Segundo o relatório da companhia BP Resenha estatística da energia mundial para 2021, os atuais líderes regionais em consumo energético de fontes renováveis são:

Enquanto isso, países como Arábia Saudita, Argélia, Trinidad e Tobago e Turquemenistão ainda dependem dos combustíveis fósseis para mais de 99% de sua energia. Com 93%, a Polônia apresenta a maior cota na Europa.

No entanto os maiores focos de usinas movidas a carvão mineral estão em outros locais: das 6.593 centrais em atividade, 2.990 se situam na China, 855 na Índia e 498 nos Estados Unidos.

Essas posições no ranking não são alteradas pelo fato de os três países terem, ao todo, desativado, aposentado e cancelado 3.700 usinas a carvão, desde o ano 2000, de acordo como o Monitor Global de Energia.

Figura 8: Usinas de carvão
Figura 9: Geração de eletricidade por tipo de energia
Figura 10: Vendas de veículos elétricos

Consumo CPLP de energias não renováveis

Figura 11: Consumo de energia na CPLP

Produtores mundiais de gás natural

Figura 12: Produtos de mundiais de gás natural

ODS – 2030

Figura 12: ODS
  • Entre 1990 e 2010, o número de pessoas com acesso à eletricidade cresceu 1.7 bilhão
  • Como a população global continua a crescer, também crescerá a demanda por energia barata
  • Com a economia global dependente de combustíveis fósseis
  • Aumento das emissões de gás carbônico está criando drásticas mudanças no clima, o que impacta diretamente todos os continentes. Fonte: PNUD
  • Esforços para promover o uso de energias limpas garantiram, segundo dados de 2011, que 20% da energia consumida no planeta venha de fontes renováveis
  • 1 em cada 7 pessoas no planeta não tem acesso à eletricidade
  • Com o crescimento da demanda há a necessidade de substancialmente aumentar a produção de energias renováveis:
    • Garantir o acesso universal à energia a um preço justo até 2030 significa investir em fontes de energia limpa, como a energia solar, eólica e térmica
  • Adotar padrões de custos sustentáveis para uma vasta gama de tecnologia também pode reduzir o consumo global de energia em 14%
  • Expandir a infraestrutura e modernizar as tecnologias para fornecer energia limpa em todos os países em desenvolvimento é um objetivo crucial para que o crescimento econômico colabore com o meio ambiente

A necessidade de substituição das Energias não renováveis

Limites à emissão de dióxido de carbono (CO2)

O Protocolo de Kyoto é um acordo mundial resultante da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima

O Protocolo de Kyoto foi elaborado e assinado no ano de 1997, no Japão, na cidade de Kyoto, que deu o seu nome

O objetivo da Conferência das Partes era reunir os países a fim de promover uma revisão dos compromissos estabelecidos na convenção

A partir dela, foi criado o Protocolo de Kyoto, um dos principais acordos mundiais relacionados à diminuição da emissão de gases à atmosfera. Participaram cerca de 141 representantes de diversos países

Figura 13: Protocolo de Kyoto

Metas para os países:

Limites à emissão de dióxido de carbono (CO2)

  • O dióxido de carbono (CO2) é o mais importante dos poluentes responsáveis pelo aquecimento global que esta alterando o nosso clima
  • O ideal é reduzir a emissão de dióxido de carbono em 80% a 90% até 2050. Isso significa que necessitamos de mudança nas formas de geração de energia, para as que não produzem CO2
  • O dióxido de carbono é principal gás do efeito estufa (GEE), é produzido pela queima de combustíveis fosseis, que fornece a maior da energia para a atividade econômica.

Críticas do Protocolo de Kyoto:

  • Os Estados Unidos não ratificaram o tratado e a China, assim como outros países em desenvolvimento
    • Na contramão do mundo, o país recusou-se a ratificar o Protocolo de Kyoto e, segundo o presidente à época, George W. Bush, as metas estabelecidas pelo protocolo possivelmente prejudicariam a economia do país. Bush também questionou o fato de não haver metas para os países em desenvolvimento
  • De acordo com o painel intergovernamental de mudanças Climáticas (IPCC), o recomendável seria cortar de 25% a 40% das emissões globais comparado ao nível emissões no ano de 1990, que é o ano base do Protocolo de Kyoto

Mercado de créditos de Carbono

Créditos de carbono representam um mercado de créditos gerados com base na não emissão de gases de efeito estufa à atmosfera, podendo ser comercializados entre países. É um conceito, surgido a partir do Protocolo de Kyoto

Figura 14: Mercado dos créditos de carbono

As emissões de dióxido de carbono refletem, apenas através do consumo de petróleo, gás natura e carvão

Fonte: BP Statistical Review of World Energy, 2009Figura 15

Os continentes asiatico, europeu e norte americano são responsaveis por 87,1% das emissões de CO2 na atmosfera atraves do consumo de carvão, petroleo e gás natural.

  • O continente asiático emite 42,6% do total de dióxido de carbono, devido ao altíssimo consumo de carvão
  • Principalmente através da China, que representa 24,2% da emissão mundial de CO2
Figura 16: Emissões de dióxido de carbono

Emissões de CO2 (1960/2017)

Fonte 17: Emissões de dióxido de carbono

Emissões de CO2 – Empresas

Fonte 18: Emissões de dióxido de carbono – Empresas

Projeções Globais de Emissões de CO2 (1990/2030)

A tabela abaixo mostra as projeções globais de emissões de CO2, ligadas à energia, preveem o seguimento do aumento rápido e continuo, resultante do aumento da demanda global de energia fóssil. Já tendo aumentado de 20,9 Gt (Gigatoneladas) em 1990 para 28,8 Gt em 2007. As emissões de CO2 ligadas à energia foram projetadas para atingir 34,5 Gt em 2020 e 40,2 em 2030 – uma taxa média de crescimento de 1,5% ao ano

Figura 19: Projeções globais de emissões de dióxido de carbono

Participação de Energia Primária

Participação de cada Energia Primária na matriz energética mundial (Mtep – milhões de toneladas)

Figura 20: Participação energética primaria

Drivers fundamentais na segurança energética

Existem alguns drivers fundamentais na segurança energética de um país:

Implicações do crescimento do comércio de energia fóssil

O crescimento do comércio de energia fóssil tem implicações importantes para a segurança energética. Há uma série de preocupações e medos, tais como:

A necessidade de substituição das Energias não renováveis

As projeções indicam que os combustíveis fósseis continuarão a ser a fonte de energia dominante no futuro previsível, mas a actual situação geopolítica e ambiental exige uma nova abordagem ao consumo de energia

Para se obter a manutenção de uma economia próspera global e um ambiente saudável, é fundamental a busca por uma carteira diversificada de soluções de energia

Mas a curto prazo é o desenvolvimento de tecnologias avançadas, para o ciclo do combustível fóssil, desde a exploração e produção até a captação e o armazenamento das emissões de CO2


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